Bem vindos!

Este blog pertence aos alunos do curso de História da Universidade Federal de Goiás. Foi criado pelo Centro Acadêmico para utilização democrática onde divulgaremos nossos eventos, convocações de assembléias, atas e qualquer outra ação que envolve os alunos.

Fale conosco: cahistoriaufg@gmail.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Balanço do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade na UFG

As atividades que deram início à campanha pelo limite da propriedade da terra tiveram início na Universidade Federal de Goiás na semana anterior ao plebiscito com dois debates realizados nas faculdades de História e Direito. Na semana do plebiscito foram colocadas urnas nos dois campi durante os dois turnos (matutino e noturno) dos dias 01 e 02 de Setembro.

O resultado final no segundo dia de votação foi uma surpresa para todo o coletivo que mobilizou e organizou a votação, um grupo muito pequeno de estudantes integrantes dos cursos de História, Geografia, Ciências Sociais, Engenharia Florestal e Direito. E o que chamou nossa atenção não foram os números da votação, mas a abertura das pessoas ao diálogo sobre a questão agrária no Brasil e um relevante entendimento, por parte da maioria, da importância da reforma agrária. Embora tenhamos aderido e organizado a campanha poucos dias antes do plebiscito e com uma série de limitações e empecilhos (poucos militantes, pouca disponibilidade de tempo e de mobilidade, conflito com professores da ala direitista e conservadora das faculdades, data do plebiscito que pegou dois dias de final de semana e dois dias de feriado, processo eleitoral, dificuldade de interpretação das perguntas que ficaram confusas por parte dos eleitores e etc) saímos da campanha com um saldo muito positivo e uma vitória muito grande para o Movimento Estudantil combativo dessa universidade e para a luta pela reforma agrária nesse estado.  Vitória que se expressa nos debates feitos em cada passagem em sala, no espaço obtido pela comissão para discutirmos um problema tão sério e que é tão ocultado pela mídia. Se em alguns casos fomos alvo das provocações dissimuladas de alguns professores e do ceticismo e descaso político de alguns estudantes, na maioria das turmas em que passamos houve uma discussão muito bem articulada e extremamente esclarecedora e positiva, recebemos o apoio dos estudantes que compareceram às urnas para votar, que aplaudiram e defenderam nossa causa. O que pudemos concluir nesse processo é que, se há uma alienação política que domina as mentes da maioria da sociedade, é nosso papel como militantes que lutam por uma sociedade justa e igualitária, levar a discussão compromissada aos espaços onde temos intervenção com o objetivo de contrapor e desmistificar os discursos que essas pessoas estão acostumadas a ouvir. Quando essa discussão é feita de maneira séria os resultados são visíveis rapidamente, falta-nos planejamento de nossas ações a curto e longo prazo e o compromisso militante.

A concentração da terra e da renda embora seja um conflito social escandaloso, evidente, é sempre mascarada através da manipulação descarada da mídia, a luta pela terra é criminalizada, os lutadores perseguidos, ameaçados e mortos. Milhares de assassinatos de trabalhadores rurais acontecem todos os anos e eles jamais são manchetes do Jornal Nacional ou da Folha de São Paulo. Por esse motivo, cabe aos lutadores e lutadoras desse país, estudantes e trabalhadores, denunciarem essa realidade tão desumanizadora e lutarem cotidianamente por uma outra estrutura de sociedade, no campo e na cidade! Temos que seguir nessa campanha com ações diretas e periódicas de discussão com a sociedade com debates, palestras, oficinas e outros espaços de integração através do fortalecimento do Fórum pela Reforma Agrária e Justiça no Campo.


Nara Letycia - Diretoria do C.A de História UFG/Campus Goiânia

0 comentários:

Postar um comentário

A participação dos alunos na construção do Centro Acadêmico e do seu curso é fundamental. Deixe aqui o seu recado e participe também das reuniões e assembléias do C.A de História/UFG.